Afatinibe para tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC), com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina | [English title generated by AI] Afatinib for the treatment of adult patients with locally advanced or metastatic non-small cell lung cancer (NSCLC) of squamous histology who have progressed after treatment with platinum-based chemotherapy

ANS. UAT 227. Afatinibe para tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC), com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina [Internet]. ANS; Ciclo de Atualização do Rol 2019-2020. Disponível em: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/consultas-publicas/consultas-publicas-encerradas/consulta-publica-no-81-atualizacao-do-rol-de-procedimentos-e-eventos-em-saude-2013-ciclo-2019-2020-1/consulta-publica-no-81-2013-contribuicao-para-recomendacoes-relacionadas-as-propostas-de-medicamentos

Resumo:
Documental UAT 227. Processo COSAÚDE/ANS referente ao Afatinibe (GIOTRIF®) para câncer de Pulmão Não Pequenas Células – CPNPC, com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina.

Composto pelos seguintes documentos:
Parecer Técnico-Científico: Afatinibe (Giotrif®) no tratamento do câncer de pulmão não pequenas células, com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina. Boehringer Ingelheim; 2019.

Avaliação Econômica em Saúde: Afatinibe (Giotrif®) no tratamento do câncer de pulmão não pequenas células, com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina. Boehringer Ingelheim; 2019.

Análise de Impacto Orçamentário: Afatinibe (Giotrif®) no tratamento do câncer de pulmão não pequenas células, com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina. Boehringer Ingelheim; 2019.

FormRol: Dimaleato de afatinibe (Giotrif®).

Relatório de análise crítica de proposta de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde: Afatinibe para tratamento de pacientes adultos com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC), com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina Unidade de Avaliação de Tecnologias em Saúde – UATS do Hospital Alemão Oswaldo Cruz – HAOC; 2020.

Relatório de Análise Crítica (RAC) – Resumo executivo:
Tecnologia: Afatinibe (GIOTRIF®) Indicação: Câncer de Pulmão Não Pequenas Células – CPNPC, com histologia escamosa, localmente avançado ou metastático, em progressão após o tratamento com quimioterapia baseada em platina. Introdução: O câncer de pulmão é a principal causa de morte evitável em todo o mundo. O câncer de pulmão não pequenas células – CPNPC, compreendendo carcinoma não escamoso (adenocarcinoma e outras histologias menos comuns) e carcinoma escamoso (epidermoide), é responsável por aproximadamente 85% dos todos os casos de câncer de pulmão. Muitas vezes é diagnosticado em um estágio avançado (III ou IV), especialmente agressivo, quando a ressecção cirúrgica não é mais factível e a terapia sistêmica torna-se elegível. Porém, a maioria dos pacientes com CPNPC avançado ou metastático experimenta progressão da doença após a primeira linha terapêutica (quimioterapia padrão à base de platina), necessitando de tratamento de segunda linha. Estão cobertas pelo Rol vigente da ANS quimioterapia parenteral, sendo comumente utilizados regimes com platina associado a agente citotóxico (ex: docetaxel) como primeira linha de tratamento, podendo ser utilizada imunoterapia (ex: pembrolizumabe) associada ou em monoterapia. No caso de progressão, como segunda linha terapêutica para o tratamento do CPNPC escamoso há como opção docetaxel (associado ou não ao ramucirumabe – um antiangiogênico) ou imunoterapia, caso esta não tenha sido utilizada como tratamento de primeira linha. As alternativas terapêuticas como segunda linha terapêutica são limitadas e não há cobertura para antineoplásicos orais. Pergunta: O uso de Afatinibe (GIOTRIF®) é eficaz, seguro e custo-efetivo em pacientes com CPNPC localmente avançado, metastático ou recorrente, histologia escamosa e em progressão após primeira linha de quimioterapia à base de platina quando comparado às terapias antineoplásicas endovenosas cobertas pelos planos de saúde? Evidências científicas: Estudo de comparação direta (ECR) mostra ganho de SLP (mediana de 2,4 meses [IC95% 1,9–2,9] vs 1,9 meses [IC95% 1,9–2,2]; HR: 0,82 [IC 95% 0,68-1,00], p = 0,0427) e de SG (mediana de 7,9 meses [IC 95% 7,2-8,7] vs 6,8 meses [5,9–7,8]; HR: 0,81 [IC 95%: 0,69–0,95], p = 0,0077) com afatinibe em relação ao erlotinibe. E estudos de comparações indiretas, mostram superioridade do afatinibe apenas contra erlotinibe e ao placebo. Em relação a imunoterápicos e antiangiogênicos, o afatinibe é inferior ou não difere estatisticamente, não mostrando benefícios em 10 termos de sobrevida. Em metanálise de comparações indiretas, o afatinibe mostrou aumento na sobrevida global quando comparado a placebo (HR 0,53 [ICr95% 0,39-0,73]), a docetaxel (HR 0,65 [ICr-95% 0,45-0,93]) e ao gefitinibe (HR 0,60; ICr95% 0,42-0,85]), não mostrando diferença em relação ao nivolumabe ou ao ramucirumabe + docetaxel. O afatinibe mostrou-se inferior para o desfecho sobrevida livre de progressão quando comparado ao nivolumabe (HR 2,15 [ICr95% 1,35- 3,44]) e ao ramucirumabe + docetaxel (HR 1,75 [ICr95% 1,12-2,73]). Em relação a taxa de eventos adversos, o afatinibe apresentou maior taxa de diarreia e de manifestações cutâneas (grau 3 ou superior) quando comparado às demais terapias. Em relação a neutropenia ou neutropenia febril, a incidência de eventos foi inferior ao docetaxel e ao ramucirumabe + docetaxel, sendo semelhante às demais terapias. Avaliação econômica: O tratamento com o afatinibe, em termos absolutos, resultou em sobrevida de 1,28 anos, equivalente a 0,79 anos de vida ajustados para qualidade (AVAQ). No modelo, o afatinibe foi o segundo fármaco com maior efetividade, somente inferior ao nivolumabe (1,01 vs. 0,79 AVAQs). Em relação a custo-efetividade, o afatinibe exerceu dominância sobre o erlotinibe, o gefitinibe e o ramucirumabe + docetaxel, uma vez que estava associado a maior efetividade e menores custos. Em relação ao docetaxel, apresentou uma razão de custo efetividade incremental (RCEI) de aproximadamente R$ 18.000/ano de vida ganho (AVG) e de R$ 30.000/AVAQ, valores correspondentes a 0,6 e 0,9 vezes o PIB per capita brasileiro (R$ 32.747 em 2018), podendo ser considerada uma estratégia custo-efetiva frente ao docetaxel, quando adotado esse limiar. Em relação ao nivolumabe, quando comparado ao afatinibe, sua RCEI foi de aproximadamente R$ 1,2 milhões/AVG e de 1,7 milhões/AVAQ. Apesar da maior efetividade em termos clínicos, devido ao alto custo da terapia, a estratégia não pode ser considerada custo-efetiva, apesar de atualmente coberta pela saúde suplementar. Nos diferentes modelos simulados, o impacto orçamentário em 5 anos variou de um incremento de R$ 2 milhões nos custos a uma economia de R$ 174 milhões. 11 Análise de Impacto Orçamentário: os cenários apresentados mostram economia para sistema com a adoção da tecnologia em questão. Mesmo após variações na população alvo e nas quotas de mercado, os resultados de impacto orçamentário mostram-se negativos. Experiência internacional: NICE e SMC não disponibilizam o medicamento à população porque não houve petição pelo demandante. O CADTH e O PBAC apenas deliberaram acerca do uso do medicamento para primeira linha CPNPC EGFR mutação positiva. Considerações Finais: Há carência de dados de eficácia e segurança do medicamento em relação a alternativas terapêuticas disponibilizadas pela saúde suplementar brasileira. Os dados apresentados não sustentam a inclusão do item no rol.
Palavras-chave: N/A

Abstract:
[English summary generated by AI] UAT Document 227. COSAÚDE/ANS process related Afatinib (GIOTRIF®) for Non-Small Cell Lung Cancer – NSCLC, with squamous histology, locally advanced or metastatic, in progression after treatment with platinum-based chemotherapy.

Composed of the following documents:
Technical-Scientific Opinion: Afatinib (Giotrif ®) in the treatment of locally advanced or metastatic non-small cell lung cancer with squamous histology, progressing after treatment with platinum-based chemotherapy. Boehringer Ingelheim; 2019.

Economic Evaluation in Health: Afatinib (Giotrif ®) in the treatment of locally advanced or metastatic non-small cell lung cancer with squamous histology, progressing after treatment with platinum-based chemotherapy. Boehringer Ingelheim; 2019.

Budget Impact Analysis: Afatinib (Giotrif ®) in the treatment of locally advanced or metastatic non-small cell lung cancer with squamous histology, progressing after treatment with platinum-based chemotherapy. Boehringer Ingelheim; 2019.

FormRol: Afatinib dimaleate (Giotrif®).

Critical analysis report of the proposal to update the List of Procedures and Health Events: Afatinib for the treatment of adult patients with non-small cell lung cancer (NSCLC), with squamous histology, locally advanced or metastatic, in progression after treatment with platinum-based chemotherapy Health Technology Assessment Unit – UATS of Hospital Alemão Oswaldo Cruz – HAOC; 2020.

Critical Analysis Report (RAC) – Executive Summary:
Technology: Afatinib (GIOTRIF®) Indication: Non-small cell lung cancer – NSCLC, with squamous histology, locally advanced or metastatic, progressing after treatment with platinum-based chemotherapy. Introduction: Lung cancer is the leading cause of preventable death worldwide. Non-small cell lung cancer – NSCLC, comprising non-squamous carcinoma (adenocarcinoma and other less common histologies) and squamous carcinoma (epidermoid), accounts for approximately 85% of all lung cancer cases. It is often diagnosed at an advanced stage (III or IV), especially aggressive, when surgical resection is no longer feasible and systemic therapy becomes eligible. However, most patients with advanced or metastatic NSCLC experience disease progression after first-line therapy (standard platinum-based chemotherapy), requiring second-line treatment. Parenteral chemotherapy is covered by the current ANS List, with regimens containing platinum associated with a cytotoxic agent (e.g. docetaxel) commonly used as the first line of treatment, and immunotherapy (e.g. pembrolizumab) may be used in combination or as monotherapy. In the case of progression, docetaxel (associated or not with ramucirumab – an antiangiogenic) or immunotherapy are options as second – line therapy for the treatment of squamous NSCLC, if this has not been used as first-line treatment. Therapeutic alternatives as second-line therapy are limited and there is no coverage for oral antineoplastics. Question: Is the use of Afatinib (GIOTRIF®) effective, safe and cost-effective in patients with locally advanced, metastatic or recurrent NSCLC, squamous histology and progression after the first line of platinum-based chemotherapy when compared to intravenous antineoplastic therapies covered by health plans? Scientific evidence: Direct comparison study (RCT) shows gain in PFS (median 2.4 months [95% CI 1.9–2.9] vs 1.9 months [95% CI 1.9–2.2]; HR: 0.82 [95% CI 0.68–1.00], p = 0.0427) and OS (median 7.9 months [95% CI 7.2–8.7] vs 6.8 months [5.9–7.8]; HR: 0.81 [95% CI: 0.69–0.95], p = 0.0077) with afatinib compared to erlotinib. And indirect comparison studies show superiority of afatinib only against erlotinib and placebo. Regarding immunotherapeutics and antiangiogenics, afatinib is inferior or does not differ statistically, showing no benefits in terms of survival. In a meta-analysis of indirect comparisons, afatinib showed an increase in overall survival when compared to placebo (HR 0.53 [95% CI 0.39-0.73]), docetaxel (HR 0.65 [95% CI 0.45-0.93]) and gefitinib (HR 0.60; 95% CI 0.42-0.85]), showing no difference in relation to nivolumab or ramucirumab + docetaxel. Afatinib was inferior for the progression-free survival outcome when compared to nivolumab (HR 2.15 [95% CI 1.35-3.44]) and ramucirumab + docetaxel (HR 1.75 [95 % CI 1.12-2.73]). Regarding the rate of adverse events, afatinib had a higher rate of diarrhea and skin manifestations (grade 3 or higher) when compared to the other therapies. Regarding neutropenia or febrile neutropenia, the incidence of events was lower than docetaxel and ramucirumab + docetaxel, being similar to the other therapies. Economic evaluation: Treatment with afatinib, in absolute terms, resulted in a survival of 1.28 years, equivalent to 0.79 quality-adjusted life years (QALY). In the model, afatinib was the second most effective drug, only lower than nivolumab (1.01 vs. 0.79 QALYs). Regarding cost-effectiveness, afatinib dominated erlotinib, gefitinib and ramucirumab + docetaxel, since it was associated with greater effectiveness and lower costs. In relation to docetaxel, it presented an incremental cost-effectiveness ratio (ICER) of approximately R$ 18,000/year of life gained (AVG) and R$ 30,000/QALY, values corresponding to 0.6 and 0.9 times the Brazilian GDP per capita (R$ 32,747 in 2018), and can be considered a cost-effective strategy compared to docetaxel, when this threshold is adopted. Regarding nivolumab, when compared to afatinib, its ICER was approximately R$ 1.2 million/AVG and 1.7 million/AVAQ. Despite the greater effectiveness in clinical terms, due to the high cost of the therapy, the strategy cannot be considered cost-effective, despite currently being covered by supplementary health. In the different simulated models, the budgetary impact in 5 years varied from an increase of R$ 2 million in costs to a saving of R$ 174 million. 11 Budgetary impact assessment: the scenarios presented show savings for the system with the adoption of the technology in question. Even after variations in the target population and market shares, the budgetary impact results are negative. International experience: NICE and SMC do not make the drug available to the population because there was no petition by the applicant. CADTH and PBAC only deliberated on the use of the drug for first-line NSCLC with EGFR mutation. Final Considerations: There is a lack of data on the efficacy and safety of the drug in relation to therapeutic alternatives provided by Brazilian supplementary health. The data presented do not support the inclusion of the item in the list.
Keywords: N/A

doi: N/A

Endereço: https://www.gov.br/ans/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-da-sociedade/consultas-publicas/consultas-publicas-encerradas/consulta-publica-no-81-atualizacao-do-rol-de-procedimentos-e-eventos-em-saude-2013-ciclo-2019-2020-1/consulta-publica-no-81-2013-contribuicao-para-recomendacoes-relacionadas-as-propostas-de-medicamentos

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